Farewell
Este é mais um projecto que morre.
Hoje vim só despedir-me.
Farewell...
Uma alma a duas vozes. Sem fronteiras
Aqui na orla da praia, mudo e contente do mar,
Sem nada que já me atraia, nem nada que desejar,
Farei um sonho, terei meu dia, fecharei a vida,
E nunca terei agonia, pois dormirei em seguida.
A vida é como uma sombra que passa por sobre um rio
Ou como um passo na alfromba de um quarto que jaz vazio;
O amor é um sono que chega para o pouco ser que se é;
A glória concede e nega; não tem verdades a fé.
Por isso na orla morena da praia calada e só,
Tenho a alma feita pequena, livre de magoa e de dó;
Sonho sem quase já ser, perco sem nunca ter tido,
E comecei a morrer muito antes de ter vivido.
Dêem-me, onde aqui jazo, só uma brisa que passe,
Não quero nada do ocaso, senão a brisa na face;
Dêem-me um vago amor de quando não terei,
Não quero gozo nem dor, não quero vida nem lei.
Só no silêncio cercado pelo som do mar,
Quero dormir sossegado, sem nada que desejar,
Quero dormir na distância de um ser que nunca foi seu,
Tocado do ar sem fragrância de qualquer céu.
Fernando Pessoa
Nos olvidamos de este rincón... Nació para comparar dos puntos de vista sobre el mundo y nunca le dimos la vida que merecía. Como padres, desde luego, Nuno y yo no tenemos precio.
Etiquetas: olvido
No es lo que tienes. Es lo que consigues crear con ello.
En el lado del mundo que habito, la primavera comienza a hacerse patente. Sobre todo en la floración de los almendros y en las consiguientes alergias de individuos como yo.
Conforme envejecemos, maduramos... ¿No será al revés? ¿Envejezco porque acepto la madurez como un hecho inevitable? Quizá la negación sea un recurso útil en este caso...
Explicação dada do outro lado da fronteira (no post anterior).